Primeiro que tudo, parabéns! Não há maior alegria para uma família que a chegada de um bebé. No entanto, como já comentámos em várias ocasiões, e não nos cansamos de o dizer, os gatos são animais muito sensíveis às mudanças de ambiente, quer físico quer social.
Portanto, a chegada a casa de indivíduos novos, entre eles o bebé, pode desencadear alterações muito importantes no comportamento do gato. Para evitá-las, e na medida do possível, que o gato o aceite, recomendamos-lhe seguir os seguintes conselhos.
Realizar qualquer mudança de forma gradual
Como a notícia da chegada de um bebé se sabe com antecedência, dispomos de tempo suficiente para ir preparando o gato.
Os preparativos e as modificações que teremos de fazer obedecem a duas principais questões:
As referentes aos objetos que utilizaremos com o bebé (berço, trocador, carrinho, etc.) e os espaços que o gato utiliza em casa para descansar, comer ou fazer as necessidades dele. Neste caso, o melhor é fazer uma lista de todas as mudanças que teremos que introduzir, para não as fazer todas de uma só vez, ou fazer uma por dia, pelo menos para deixar que o gato se acostume a estas antes de passar ao passo seguinte.
As relativas à rotina diária, quer a nossa quer a do gato, e a relação com ele. Devemos analisar os nossos horários e as rotinas de alimentação, brincadeira, etc., do gato, tal como a quantidade de atenção que lhe damos ao longo do dia para poder modificá-las progressivamente, de forma a que possamos cumprir uns “mínimos” aceitáveis quando o bebé chegue a casa.
Habituá-lo aos novos objetos, cheiros e sons, para além de introduzir gradualmente os elementos que mencionávamos anteriormente, é muito importante que o gato possa explorá-los e investigá-los a um ritmo próprio, já que a reação inicial mais provável será assustar-se e evitá-los, especialmente se fazem barulho ou se mexem de uma forma estranha.
De qualquer maneira, é preciso acostumar o gato aos sons típicos de um bebé, como o choro, por exemplo. Para conseguir isto, podemos usar sons que podem descarregar-se da Internet ou através de discos que são comercializados com este propósito. O melhor é reproduzir estes sons durante uns minutos todos os dias, começando por um volume baixo e aumentando-o gradualmente, segundo vamos vendo que o gato está tranquilo e não reage perante os mesmos.
Por último, neste capítulo, estão os cheiros. Já sabemos que o mundo olfativo é extremamente importante para os gatos e que não recebem com agrado os cheiros novos. Portanto, deveremos familiarizar o nosso felino com as colónias e cremes que usaremos no bebé e também com os cheiros dele. Recomenda-se levar para casa, nos dias em que a mãe e o bebé estejam no hospital, roupa usada ou fraldas do bebé para que o gato possa cheirá-las e possa reconhecer o cheiro destas quando chegue o bebé.
Acondicionar a casa… Também para o gato!
Ainda que isto signifique juntar mais mudanças à nossa longa lista, é imprescindível que no lar existam sítios seguros para o gato.
Devem existir lugares altos acessíveis para ele (e só para ele) em todas as divisões da casa e sítios onde se possa esconder caso precise. Podemos situar estes dois tipos de espaços de forma separada ou combinados nas árvores para gatos ou estruturas parecidas a estas.
Estes lugares serão fundamentais quando o bebé começar a andar e a mexer-se com soltura pela casa e não devem ser invadidos pela criança se queremos manter o stress no gato controlado.
Definitivamente, podemos dizer que se atuamos com previsão e fazemos as coisas gradualmente e progressivamente, o mais provável é que o nosso gato aceite a chegada do bebé sem demasiados problemas.
Artigo retirado do site oficial da Royal Canin Portugal